domingo, 25 de setembro de 2011

DIA 06 (23/07/2011 – Sábado) Copacabana – Puno – Cusco.


Saímos ainda de tarde, no barco das 13:00, da ilha rumo o continente. Nosso ônibus sairia às 19:00 de Copacabana com direção a Puno, já no lado peruano, e dalí para Cusco. O barco levou as corriqueiras 3 horas de viagem; e, antes de partirmos, almoçamos mais uma vez a famosa trucha a la plancha em um dos restaurantes familiares locais. Na partida, haviam muitos mochileiros – e somente mochileiros. Nada de turistas – Das mais diversas regiões do mundo. Muitos deles estavam acampando na praia na noite anterior. A sensação de cosmopolidade é grande, você se sente em uma babilônia aonde seus moradores, paradoxalmente, fogem de suas cidades para curtirem um pouco de aventura, ar puro, e espiritualidade. É, realmente, foi uma experiência sem precedentes para mim, que pela primeira vez, fiz uma viagem para o exterior.

Antes de partirmos, ainda cedo, arriscamos atravessar a ilha e pegar o barco do outro lado, mas desistimos! 3 horas de caminhada com subidas e descidas mirabolantes – pelo menos, sentindo o agradável frescor de eucalipto que emanava das arvores e seus galhos no chão. O interessante sobre os bolivianos, é que possuem arraigado em seu estilo de vida, toda sua cultura, desde criança. E as criancinhas são lindas, com aquelas roupinhas estilo choulas e e cabelinhos estilizados!





O barco saiu as 13:00 horas e chegamos ao redor das 17:00 em Copacabana. Enquanto subiamos aquela rua principal, que leva para o embarque, procuravamos por um lugar bacana para comer. Na realidade, qualquer um dos restaurantes e bares ali por perto são bacanas. Pegamos um com um visual bem carregado no seu interior, não me recordo o nome, mas tinha tanta decoração que dava até vertigem. Hehe. Eu comi um lanche muito bom lá, enquanto ouvia musica ao vivo e depois um cover do Queen. Barato, 25 bolivianos por um lanche grande + papas fritas + chá de coca. Ás 19:00 pegamos nosso ônibus (na verdade um taxi), e ai, se iniciou uma viagem tribulada.

Todos os ônibus que saem de Copacabana, têm, obrigatoriamente que parar na alfandega terrestre que está entre a cidade e Puno. Um taxi já nos esperava na frente da empresa, para nos levar até o posto policial. Aqui você deve mostrar seu documento de entrega no país e também retirar um de saída, e mostrar, imediatamente, no lado peruano. Quem vem de passaporte pode simplesmente carimbá-lo e atravessar, quem viaja de carteira de identidade (permitida por lei nos paises da mercosul para substituir o passaporte) tem que tirar um xerox para deixar uma via com eles. Problemas: Os bolivianos te informam lugares diferentes para ir, então é bastante função até você encontrar o lugar certo no meio daquela bagunça; Segundo: O taxista simplesmente nos jogou na fronteira e passou para o outro lado nos esperar (para nos colocar em uma van até Puno), mas simplesmente, não nos avisou isso. Sobrou pro manezão ficar gritando o nome dele até conseguir a informação (isso no meio de um caos de vans taxis e turistas de um lado para o outro). Se você perdeu o papel de entrada na bolivia, vai ter que pagar uma multa aqui, como eu havia dito no começo da viagem: NÃO PERCA NADA. Depois de muito sufoco, atravessamos a pé a fronteira, mostramos os papéis no lado peruano e embarcamos em uma van. 3 horas depois  (só o pó da gaita de tão cansado) chegamos em Puno, na rodoviária, onde ja pegariamos às 00:00 o bus para Cusco.


DICAS & SALDOS:

Barco Isla del Sol – Copacabana: 25 bolivianos

  • ·         Uma boa dica, para não ter que carregar toda a sua bagagem para a ilha, é deixar suas mochilas mais pesadas e não necessárias com a empresa que vai te levar para Cusco. Eu fiquei bastante receoso de deixar com eles, mas no final, estava tudo bem guardado em um armário. Dá pra confiar (pegue uma das empresas próximas à saida dos barcos na rua principal citada 1000 vezes neste roteiro).


  • ·         Na fronteira, tenha cuidado com suas coisas. Ter uma mochila apenas neste momento é excelente, porque realmente, é um corre-corre e fica tenso prestar atenção em tudo. Vale levar para viagem um daqueles negócios que prende na cintura e que você pode guardar dinheiro. Eu levei um guardei todos os documentos papéis de alfândega nele (além de meus dolares e dinheiro local). Fica praticamente impossível perder as coisas e te dá bastante segurança.


  • ·         Quem viaja com carteira de identidade, as vezes é mais prático levar algumas cópias dela xorocada. Isso te poupa tempo e dor de cabeça na hora de tirar cópia nas fronteiras (tanto de Juliaca como de Puno).


  • ·         Todas os taxis e vans vão te deixar no lado boliviano e atravessar para o peruano. Assim que você resolver os trâmites na alfândega, atravesse para o outro lado a pé. Não dá nem 200 metros. Se informe direitinho com a agência que você fechou o pacote para saber como será todos os transportes (fechamos o taxi, a van, e depois o ônibus em puno tudo em copacabana).



domingo, 18 de setembro de 2011

DIA 05 (22/07/2011 – Sexta-feira) Copacabana (Isla del Sol).


Levantamos cedo, mas não tão cedo, porque decidimos pegar o barco da tarde para a ilha (parte norte), já que posariamos por lá. Copacabana é uma cidade muito charmosa, margeando todo o lago Titicaca e com um aspecto de balneário sem prescedentes (mas só com as partes boas de um balneário). Ficamos em um hostel bastante ruim um pouco afastado da praça principal (que leva para a orla do rio onde os barcos saem). O esquema é ficar exatamente nesta rua que desce pro Titicaca, alí tem alguns hostels e também bastante artesanato e roupas de frio. Como tinhamos bastante tempo, pois o barco sairia 13:00 horas, resolvemos subir o miradouro (O subidinha difícil) que dá para uma vista incrível do lago.



Nem chegamos a almoçar, aproveitamos que na frente da praça tinha umas senhoras vendendo uma penca de sementes diferentes (castanha do pará e semelhantes) e comemos aquilo mesmo. Antes de subir para o mirador, alí mesmo, nesta rua da foto acima, existem algumas agências, fechamos com uma delas o barco de ida à ilha e também o ònibus para amanhã que vai para Cusco (existe um que sai de noite proximo âs 19 horas. Pegamos este).
O barco para a parte norte da ilha leva 3 horas para chegar (não, eles não são lerdos, o rio é imenso mesmo). O Titicaca é o lago de maior altitude do mundo, e sua beleza é exuberante. Rola muito ir por cima dele, apreciando a paisagem (mas faz bastante frio).



A ilha é maneiríssima, areia limpa, rio limpo, e um clima bem ameno tendendo ao frio. Assim que chegamos, a fome bateu absurdamente e procuramos por algum restaurante. Como a parte norte é quase não-turistica, o restaurante que encontramos na realidade é uma coisa extremamente simples e bastante familiar. Mas cara, a Trucha a la Plancha deles é imbatível – Certamente nunca comerei um peixe tão bom em minha vida novamente. Infelizmente não me lembro o nome do restaurantezinho, mas, provavelmente, todos são iguais.

Fechamos um hostel bem ruinzinho (porque na realidade não existe hostel bom na ilha). Este foi o único que achamos com água caliente. Deixamos as coisas e fomos conhecer as ruinas Tiwanaco. O interessante deste lugar, é que ´por causa da altitude e o isolamento, tudo aqui ficou pequeno. As vacas são vaquinhas, os bois são boisinhos e não precisa nem dizer que as pessoas são pequenas também. Caminhando por uma trilha de chão empedrado, o mesmo que os habitantes mais antigos que esta ilha já possuiu usaram, seguimos atrás dos resquícios Tiwanaco – Seus templos e edificações habitacionais –; O dia já estava se escondendo, e as primeiras faixas penumbrosas surgiram no céu, criando uma imagem dicotômica e lúgubre surpreendente. Este estado de luminescência envolvia toda a paisagem deslumbrante: O lago sereno e imenso e as montanhas, algumas recortadas pelo vento criando andaimes e outras bastante lisas. Um fascínio para os olhos. O POR DO SOL NO TITICACA É IMPAGÁVEL.








Após certa de 40 minutos de caminhada, chegamos a extremidade da parte norte, onde, finalmente, residiam as edificações Tiwanako. Foi meu primeiro contato com uma civilização tão antiga, e a viagem a partir dali, deixou de ser uma mera aventura para ganhar um teor mágico surpreendente. A partir deste ponto até Cusco, toda a cultura contemporânea se funde à antiga, você se sente energizado todo o momento e com uma sensação de plenitude todo o tempo.

As edificações são muito pequenas, e os Tiwanacos, ao contrário dos Inkas, tinham a cultura de sacrifícios humanos. Atualmente, existe um festival que ocorre no mes de Junho todos os anos na ilha o qual oferendas de animais ainda são feitos (Alpacas coitadas) relembrando e reafirmando a ancestralidade do povo.









Após percorrer toda a extenção da ilha e a noite já cair – com ventos bastante fortes – resolvemos voltar. Enquanto caminhavamos pela praia, um grande grupo de barracas de mochileiros jaziam acampando no local. Jurei pra mim mesmo que da próxima vez que for, eu também acamparei alí. O céu, um teto abobadado por estrelas brilhantes, quebrando sua imobilidade por algumas cadentes, transformavam o local em algo surreal (só veria um céu ainda mais bonito que este na primeira noite da trilha Inka). Chegamos estafados no hostel, e pra nossa surpresa? NÃO TINHA ÁGUA! Acabei dormindo daquele jeito mesmo, e por incrível que pareça, não me fez falta naquele dia, eu estava totalmente inibriado por aquele lugar e por estar alí. Não pude deixar de agradecer a Deus pela oportunidade incrível que Ele me dava, e também pensei muito em meu pai... não existe no mundo outra companhia que mais desejei naquele momento do que estar naquele lugar com ele. Indiscutivelmente!


DICAS & SALDOS:

Hostel em Copacabana – 40 Bolivianos

Barco para o titicaca – 25 Bolivianos

Ônibus para Cusco – 90 Bolivianos

Hostel na Ilha do Sol – 30 Bolivianos


  •          Em copacabana, existe uma série de restaurantes muito legais naquela mesma rua principal que dá para as docas! O preço não é caro e a comida muito boa. Tem barzinhos também muito legais vale a pena curtir uma noite por ali.

  •            Aproveite Copacabana para comprar blusas, luvas, tudo o que você precisar, de pele de Alpaca. Os preços variam de 70 a 80 bolivianos. Se são completamente de alpaca? Eu não sei, mas são bonitas e bem feitinhas! Eu comprei duas! Não achei artigos tão bacanas assim em La Paz.



  •             Não marque bobeira e pegue hostels que estejam também nesta rua que desce para as docas. Ficar em outros lugares, mais afastados, como eu fiquei, é besteira! Deu pra entender que tudo o que você precisa está nesta rua né? hehe.



  •              Existem dois grupos de barco que partem para a ilha. O que vai para a região sul demora somente duas horas. O para o norte, três horas. É possivel, por uma trilha bastante cansativa de 3 horas, atravessar a ilha a pé. Isso te permite sair cedinho da parte Sul e ainda pegar o barco das 10:00 na parte norte (caso você não possa esperar pelo das 13:00 horas). Ou você pode, simplesmente, ficar apenas na região Sul, apesar das ruínas de lá serem bem piores que da outra parte.
  







DIA 04 (21/07/2011 – Quinta-feira) La Paz – Copacabana.


No dia anterior, haviamos já combinado também o passeio para hoje. Eu queria muito escalar os famosos 100 metros mais dificeis de todos subindo no Chacaltaya –  a montanha escalável amadoramente mais alta do mundo. Pagamos 80 bolivianos (o valor do passeio mais a entrega no parque) para visitar esta montanha, e, juntamente, visitaríamos depois o Valle de la Luna.

Cedinho partimos para o parque. O onibus passou nos pegar, e algo que esqueci de mencionar é que La Paz é composta de duas grandes áreas: A parte alta e a baixa. Na realidade, a cidade lembra um morro do rio; cheio de casas mal acabadas e completamente não ordenadas. Mas este aspecto de floresta urbana tem o seu charme.  Como o onibus ia passando pegar a galera, ganhamos um city tour na faixa hehe.





Durante o caminho, fiz amizade com um Portugues gente fina que estava voltando da Isla del Sol. Explicamos a ele que iriamos para lá amanhã e ele nos indicou ficar na parte norte da ilha, uma região bem menos turistica e que fica mais em contato com a população local. Dica anotada, chegamos à base de escalada da montanha, que se localiza à 5300 metros acima do nivel do mar (pensa num lugar alto e frio). Para escalar os 100 metros acima no Chacaltaya traga tudo de frio que você tiver. Eu estava completamente vedado e ainda senti frio! Vai por mim! O vento forte faz a sensação termica cair mais ainda. Acho que estava algo proximo aos 10 graus negativos (detalhe O manezão aqui esqueceu as luvas no albergue e quase que meus dedos ficaram colados pra sempre nas pedras. KKKK)





Depois da escalada pequena, mas monumental, Seguimos para a parte alta da cidade, rumo ao Valle de la Luna. Este vale, nada mais é que um aglomerado de formações rochosas moldada pelo vento, criando crateras e desenhos semelhantes à paisagem lunar. O lance é que é uma coisa totalmente turistica, feita pra arrancar dinheiro do povo, porque em todo o lugar da bolivia você encontra este tipo de formação, mas como o pacote integrava os dois passeios, aproveitamos para conhecer.




Depois de visitar o Valle, partimos muito rápido pegar nossas mochilas porque tinhamos que ir para frente do cemitério, pois é lá que saem as ultimas van com destino à Copacabana. Na verdade, os ônibus turísticos são vetados pelo governo de fazer o trajeto entre as duas cidades na parte da tarde, pois a maré do lago sobe e só é possivel chegar na cidade de Van, que atravessa pela balsa (foi o que me explicaram, mas não consegui entender direito). De qualquer maneira, as ultimas vans saem as 19:00 de La Paz, como não tinhamos mais tempo (Nossa triha Inca estava marcada para o dia 26) partimos no mesmo dia.

O passeio acabou por volta das 17:00, tinhamos que voltar para o hostel, pegar nossas coisas e voar para o cemitério. Pegamos um taxi, com um cara meio mal encarado, que nos levou por um caminho mais rápido, só que ele não contava com algo: GREVE! Em La Paz tem grave todo o dia de sindicados exigindo melhores salários e condições de trabalho. Desta vez eram os mineiros que protestavam. O taxista nos informou que as condições de trabalho deles é desumana e que estas greves são justas. Justas ou não, tinhamos que contornar o transito caótico provocado por eles para chegar a tempo. E CONSEGUIMOS! Pegamos a ultima van e partimos para copacabana. Chegamos por volta das 22:00 (eu achei que ia morrer. O motorista andava muito rápido, fazia curvas mirabolantes). Ficamos no primeiro hostel que encontramos (que por sinal era horrível) e cama!



DICAS & SALDOS:

Valle de la Luna + Chacaltaya – 60 Bolivianos

Van de La Paz para Copacabana – 15 Bolivianos

Hostel – 30 Bolivianos

  • ·         O Valle de la Luna não tem nada demais, nós corremos o risco de perder a ultima van por conta dele. É possível fazer apenas o Chacaltaya e pedir que o Onibus te deixe em alguma região da parte alta da cidade. De lá você pode pegar um taxi e polpar tempo (Se estiver com o roteiro apertado como o meu).

  •  ·         O único lugar que é possivel pegar Vans para ir para Copacabana de tarde é em um ponto em frente ao cemitério. Qualquer taxista sabe aonde é. Se você não pegá-lo terá que ficar mais um dia para sair cedo para Copacabana no outro dia. Com isso, você acaba perdendo o barco da manhã que vai para a ilha do Sol

  •         Pelo nosso roteiro estar apertado demais, não foi possível visitar as ruínas Tiwanako. Os Tiwanakos foram uma civilização bastante antiga que posteriormente foi dominada pelo Incas. Acredita-se que os Inkas, na realidade, são descendentes deste povo. Mas depois farei um post explicando tudo sobre a cultura Inka  sua incrível sociedade beirando a perfeição. O ponto é, O sítio arqueológico Tiwanako em La Paz é imenso e ainda está em expansão. VISITE-O! E O QUANTO ANTES! Não faça que nem eu que até voltei para La Paz mas não tinha mais grana e disposição para fazer o passeio (sadness) 





DIA 03 (20/07/2011 – Quarta-feira) La Paz.



Levantamos bastante cedo, pois haviamos fechado o passeio das bikes (downhill in coroico). Esperamos algum tempo na frente do hostel até a van com o pessoal e as bikes chegarem. A empresa contratata: Madness, era sem duvida muito boa, guias muito profissionais (com explicações em ingles e espanhol) e boas bicicletas. Nos dirigimos até a área mais alta da cidade, na realidade, ja estavamos fora dela, no ponto de maior altitude da rodovia, a idéia é justamente descer dali de bicicleta.



No passeio, estava incluido o aluguel das bicicletas, instrutores (vários deles), todo um esquema de carros te acompanhando, é algo bastante seguro certo?? NÃAOOOO! Apesar disso tudo, ja morreram muitas pessoas nesse passeio, neste ano inclusive, uma japa desceu no pau e na hora da curva tchhhuummmm caiu direto no abismo. TENSO! Está incluso também um almoço e umas besteirinhas no meio do caminho pra repor as energias.

Este passeio, indiscutivelmente, foi um dos melhores (só perdeu pra Machu Picchu). A paisagem é fantástica. Na primeira parte do trajeto, descemos a rodovia vários quilometros curtindo um visual indescritível. Montanhas gigantes, nevadas, formando um vale pelo qual a estrada corta. Foi uma experiência que não é possivel explicar. Estava um pouco frio, o vento batendo no seu rosto, a sensação de liberdade, a adrenalina correndo solta e a ligeira sensação de que você pode, simplesmente, despencar, te dá uma miriade de emoções nada convencionais. Foi animal! (depois eu posto as fotos aqui! Elas ficaram na minha casa em Londrina, apesar de eu achar que estavam comigo).


Depois de descer uns 30 quilometros pela rodovia, entramos em uma estrada de terra que leva até a floresta (esta da foto acima). Estavamos na estação de chuva e começou a garoar, uma chuva fina mas que molha, em alguns instantes a pista de terra virou pista de barro super escorregadia! Cara! Foi foda! E nosso grupo tinha uns suiços muito loucos que apostavam corrida! Existe isso? Corrida na estrada que chama “death road” e com chuva. Os caras iam no pau! Mas não precisa nem dizer que essa segunda parte foi a mais divertida né? Sem duvida. Foi demais! Inesquecível. No final da trilha, quando você ja está quase morto de cansaço, chegamos em um vilarejo onde almoçamos. De lá, voltamos para o hostel de Van. Eu cheguei umas 19:00 e antes das 20:00 já estava dormindo! Radical, mas cansa demais!


DICAS & SALDOS:

Hostel: 80 Bol.


  • A empresa que fechamos o passeio foi a Madness, apesar de ja terem relatado algo em torno de 50 mortes desde que a rodovia+trilha foi aberta para os turistas, esta empresa tem um saldo nulo de fatalidades.  O serviço é excelente. Recomendadíssimo


  • ·         Existem 3 classes de bicicletas, que variam de valor. Pegamos uma intermediária, com freio a disco na frente e atrás, mas o banco não era com amortecedor. Meu! Acordei no outro dia com uma puta dor no coccix. Vale a pena pegar uma com o amortecedor de mola! Com certeza! Afinal, são 74 km de descida.



  • ·       A melhor data pra fazer o passeio, segundo os guias, é no meio do ano. Porque o solo não está tão arenoso (e pode chover ficando mais divertido) e não tem tantos brasileiros (isso mesmo! Fim de ano os brasileiros dominam). Não falei nada, mas sem duvida, preferiria fazer o passeio com os tupiniquins do que com os suíços folgados!




DIA 02 (19/07/2011 – Terça-feira ) Puerto Quijaro – Sta. Cruz de La Sierra – La Paz.



Como dito anteriormente, o trem foi suave como uma batedeira até o destino: Santa Cruz de la Sierra. Durante o trajeto, enquanto ainda era possivel enxergar e depois cedinho com o sol já raiando, o primeiro contato com a pobreza é visivel. Existem uma série de comunidades extremamente pobres que vivem margeando os trilhos. Eles vivem da agricultura, e parecem ser independentes. Essas também são as mesmas pessoas que nas paradas do trem da morte entram vendedo suco e comida. É mais ou menos assim:

– Holla! Quieres Té? Jugo? 050 bolivianos!

– Sí Por favor!

Criança coloca a mão até o cotovelo dentro do suco, que está em um baldão,  com um copinho, e te dá! Ahahaha Comédia!

Chegamos em Santa Cruz às 7:00 da manhã. Esta cidade é a maior da Bolivia (2.000.000 hb), e também, a mais importante economicamente. Sofre um influencia bastante grande do Brasil (aqui ainda tem feijão) e o clima, por conta de uma altitude baixa, ainda é quente. O bicho pega a partir de La Paz. Descemos no terminal Bimodal, chamado assim porque compôe a estação de ônibus e de trem (Gozado que a Bolivia é tão pobre e possui uma malha ferroviária – que é muito melhor e mais barata que a rodoviária –  muito maior que a do Brasil. Vergonha do nosso governo). Mal descemos e já começamos a procurar passagem para La Paz. Em Santa Cruz não tem nada para fazer, o ideal é tentar rumar pra caital o mais rápido possível. Fique esperto, um monte de bolivianos vão tentar te vender passagens e te aliciar para fechar com a empresa deles; faça uma pesquisa antes. No nosso caso, resolvemos ir para o aeroporto, você pode pegar um taxi bem na frente do bimodal sem dificuldades, então não contrate nenhum guia na rodoviária para te fazer isso. Estava uma garoa fina e um frio até que respeitável, pegamos um taxista muito doido completamente fanático pela cidade dele, pra cada 5 palavras 3 eram Santa Cruz RULES La Paz SUCKS. Ele também nos deu uma notícia ruim: Estava NEVANDO NO SALAR! Raro de acontecer, mas aconteceu. Tiveram que tirar os turistas de helicóptero e inclusive, uma galera andou morrendo por lá. Fazia parte do roteiro passar pelo Salar na volta da viagem; mas não desistimos. O aeroporto, Viru Viru, fica há uns 22 quilometros da rodoviária, é bom que você pode ir fazendo um tour pela city, além de se familiarizar com o transito local (eu nunca vi nada parecido na minha vida!) Pagamos 60 Bolivianos pela corrida (30 para cada. CARO!) mas eu não estava com vontade de pechinchar porque queria chegar logo no aeroporto. Compramos uma passagem para as 14:30 pela BOA (bolivian Airlines) por 100 dolares. Até que foi um preço justo porque ouvimos falar muito mal da rodovia que liga Sta. Cruz a La Paz. Mais pra frente encontramos uma brasileira que nos disse que a passagem pela AEROSUR era mais barato, mas não posso garantir (também não tinha ninguem para vender direito no guichê do aeroporto por essa empresa).




Chegamos em La Paz por volta das 17:00 horas. Ja é possivel sentir os efeitos da altitude dentro do aeroporto. Você cansa muito rápido e também pode sentir enjôo, cefaléia, vertigens e ter episódios de epistaxe (sangramento nasal), eles chamam isso de SOROJCHI. Eu mesmo não tive nada disso, mas minha colega acordava direto com o nariz sangrando, outras pessoas passaram bastante mal até se acostumarem.
Fomos para fora tomar um taxi e estes estavam cobrando 60 Bolivianos para nos levar até o nosso destino: Calle Sagarnaga, que é uma rua bem turistica da cidade, aonde existem vários Hostels e agencias de turismo. Eu achei caro e não quis pegar (Se fosse por minha colega ja estávamos dentro!). Mais a frente encontramos uma VAN que nos levaria por 3 BOLIVIANOS! Foi fechar o negócio que o taxista veio correndo, que nem um louco, gritando: 30 BOLIVIANOS! 30 BOLIVIANOS (não, obrigado tio,  não caio na sua).

Andar nas vans em Santa Cruz é radical! Primeiro que não existe frescura. O povo vai entrando e se aconchegando, encostando em você, muito calor humano. Achei bacana! Sem as frescuras de brasileiros “não me toque”. Depois que não existe preferencial! Quem buzina mais alto ganha, e é um mar de vans e taxis. Muito barato pra eles o combustível, então, só da isso. Outra coisa interessante é que eles não estão nem ai ara os carros (não existe esta paixão que nem o brasil por automóvel) lá, na bolivia, o conceito veiculo utilitário é expressado da melhor maneira possível.: Apesar de  eles se entenderem muito bem no trânsito, eventualmente eles colidem, e descem, olham, se chingam um pouco e acabou! Cada um segue na sua! Carro é pra andar, se bateu, azar.

Chegamos na Calle Sagarnaga o dia ja se preparava para escurecer. Demos uma volta por perto e procuramos um hostel. 80 Bolivianos a diária com café da manhã, agua caliente e boas acomodações. Ficamos por ali mesmo. (existem lugares bem mais baratos na mesma calle. Mas gostamos do ambiente deste hostel e resolvemos ficar). Este hostel fica dentro de um shoppingzinho e alí também tem uma agencia de turismo, ja aproveitamos para fazer o passeio do outro dia: DOWN HILL EN COROICO! Adrenalina!



DICAS & SALDOS:

Passagem de avião Santa Cruz de La Sierra – La Paz: 100,00 D

Van até calle Sagarnaga: 3,00 BOL

Passeio DOWN HILL in coroico: 400,00 BOL

Hostel: 80 BOL

  •        Não vale a pena pegar Taxi do aeroporto/rodoviária para o centro. Use sempre as vans para se locomover. Você também pode pegá-las para se deslocar pelas regiões da cidade. E não se preocupe, sempre passará por você algumas dezenas delas pela rua, gritando e chamando pessoas para entrar.

  •        Os hotéis mais baratos, preferidos da moçada mochileira concentram-se nas vizinhanças das ruas Sagárnaga, Liñares e Illampú. Se você não tiver hotel reservado (e sua bagagem não for muito pesada), ao chegar do aeroporto desça na Plaza San Francisco e suba a Calle Sagárnaga.



  • ·         Se for ficar na Sagarnaga, procure por um restaurante chamado BANAIS nele se encontra um hostel bastante chique, mas o lance é a comida deles: Incrivelmente boa e incrívelmente barata; comida de gourmet mesmo. Paguei 30 Bolivianos para comer muito bem.




DIA 01 (18/07/2011 – Segunda-feira ) Londrina – Corumbá – Puerto Quijaro.


Foi dificil cair a ficha, quando eu me levantei e rumei para o Aeroporto. Finalmente realizaria um grande sonho: Conhecer Machu Picchu. Não deixei de sentir um friozinho na barriga, mas uma felicidade imensa. Fui acompanhado de uma grande amiga, foi um momento legal para nos conhecermos melhor e nos divertirmos.

Nosso vôo partiu as 10 da manhã de Londrina rumo a corumbá. Foi rapido e tranquilo, pela Trip. Uma vantagem dessa companhia de viagem é que são apenas 2 acentos por linha, então não fica todo mundo espremido. Hehehe. Chegamos em Corumbá as 12:00 mais ou menos. Nada de interessante, somente o pantanal, que tá ali na sua cara – O rio Paraguai – , visto pela praça principal. Existe também uma igreja bastante bonita proximo ao terminal rodoviário.






Descançamos por um momento na praça que margeia o rio. E depois fui atrás do meu contato, o Ney. Este cara é gente fina. Eu o contatei de Londrina mesmo, e ele comprou para a gente as passagens para o trem da morte, ele também te atravessa na fronteira e depois te deixa na estação em Puerto Quijaro! Bom demais! Ao meio dia nos encontramos com ele e seguimos em direção a fronteira. Esperamos por mais ou menos uma hora até conseguirmos atravessar. Atualmente, o governo boliviano está encrespando com os brasileiros por motivos politicos, então você tem que retirar um certificado de saida do Brasil (para apresenta-lo no lado boliviano) e um certificado de entrada na Bolivia. NÃO PERCA ESTES PAPEIS, SE NÃO TERÁ QUE PAGAR MULTA PARA SAIR DA BOLIVIA.

O trem que contratamos era o Ferro Bus, que saia as 19:00 horas de puerto Quijaro, o melhorzinho deles (não tão melhor assim como ja vou explicar). O trem tem poltronas excelentes, bastante espaço e conforto; nesta classe há também o jantar e café da manhã inclusos (ambos bem fraquinhos, mas dá pro gasto). O grande problema é que este trem chacoalhou tanto, mas tanto, que foi impossível dormir. Encontrei outros mochileiros que pegaram o Super Pullman (uma classe intermediária) e relataram que o trem não chacoalhou nada. Azar! Chegamos em Santa Cruz de La Sierra às 7:00 da manhã.






DICAS & SALDOS:
Vôo Londrina – Corumbá (pela Trip): 320,00R

Passagem do trem + travessia até Puerto Quijaro com o ney:  120,00R

  • ·         Se você comprar a passagem para o trem na hora, fica bem mais em conta do que fechar com o Ney só que você corre o risco de não conseguir comprar. Você também não precisa esquentar a cabeça com taxi até Puerto Quijaro, além de ter a comodidade de passar pela fronteira tranquilo porque ele te esperar. O ney também te leva para um bom lugar para fazer câmbio no lado boliviado. SÃO MUITOS BENEFÍCIOS. VALE A PENA FECHAR COM ELE!.


  • O cambio em Puerto Quijarro é bastante ruim. Fizemos a pior troca de toda a viagem por aqui. Então aconselho trocar no máximo 200 dolares. Cambios em fronteiras sempre são ruins! Não se esqueçam disso

  •          SCREDULE DO TREM DA MORTE (preços do Ney):


Pulman (60,00 R) – O famoso trem da morte.
20-22 hrs de viagem. De segunda a sabado às 12:45
Poltronas reclináveis. Faz várias paradas e as pessoas entram vendendo coisas. Cheio de animais e bolivianos em pé.
Super Pullman (65,00R)
16 hrs de viagem. Domingo, terça e quinta às 16:30
Ar, tv, som, Poltronas semi-leito com descança perna. Pequeno restaurante e lanchonete a bordo.
FerroBus (90,00 semi-leito e 100,00R leito)
12 hrs de viagem. Segunda, quarta e sexta às 19:00
Ar, tv, som, Poltronas semi-leito ou leito com descança perna. Inclusas duas refeições.


Contato do Ney: Ney-operatur@hotmail.com - (67) 32318989  / (67) 92803823